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sábado, 13 de abril de 2013

Como usar desconhecimento de um assunto para manipular opiniões

Conversando com uma amiga que não acreditava que o homem foi à Lua, ela fez uma pesquisa na Internet e achou este artigo: A Fraude do Homem na Lua.

O artigo usa fotografias da NASA como argumento que tem farsa na ida ao homem na Lua, mas os argumentos são enganosos, falsos, falaciosos.

Ele se baseia muito em crítica às fotografias, mas ele mesmo não conhece fotografia, luz, perspectiva etc, para fazer as críticas que faz. E quem não conhece fotografia, física e até desenho, pode cair nas falácias que ele usa. Ainda tem uma possibilidade pior, ele saber, mas criar intencionalmente uma mentira sensacionalista para chamar a atenção para ele.

Abaixo vão algumas das minhas críticas.

Tamanho diferente da Terra

Ele mostra duas fotos com tamanhos diferentes da Terra.

A NASA usou, pelo menos, duas lentes diferentes, uma normal de 80mm e uma tele de 250mm, e isto altera a perspectiva. Isto explica a diferença do tamanho da terra, que até segue a proporção aproximada das distâncias focais destas duas lentes.

A tente 80mm é a normal no formato de filme que escolheram, o médio formato. Esta é a lente normal para este filme, tal como a lente de 50mm é para o filme 35mm e a lente 35mm é para o sensor DX da Nikon.

Veja aqui para ter alguns detalhes sobre o equipamento fotográfico usado pela NASA no Projeto Apolo.

Pegada

E precisa de umidade para formar pegadas? Pegadas formam em desertos, em neve, em areia, em terra, tendo ou não umidade. Basta a superfície ser pressionada, e se modificar, e em caso de pó e areia, se deslocar para acomodar à forma do que a pressiona.

Argumento furado.

Bandeira tremulando

No vácuo não tem vento para uma bandeira tremular, e nisto ele está certo, mas não quer dizer que ela não vibre.

Já brincou com uma corrente de isolamento, daquelas comuns em estacionamentos etc? Eu adoro fazer isto. Eu dou uma pancada rápida em um ponto e vejo uma onda se propagando, batendo no final, e voltando, indo até a outra ponta e voltando, viajando de um lado ao outro. A corrente atrita entre seus elos e com o ar, perdendo energia, e assim as ondulações decaem até acabarem. Se não tivesse ar elas durariam um pouco mais de tempo, pois perderiam menos energia.

Imagine um tecido flexível, que não tem muito atrito dentro de si, como pode ter entre os elos de uma corrente, e sem o ar para causar perda de energia. Então se ela receber uma quantidade de energia que a fizesse vibrar, como a pancada fincando no solo, elas vibrariam, tendo inclusive ondulações, por um bom tempo. Assim temos bandeira "tremulando", e o mais irônico é que a ausência de ar faz com que elas vibrem mais tempo. E os astronautas podem ter feito-as balançar para ficar "mais bonitinho na foto".

Sim, o que falei é em parte especulativo, uma teoria, mas lógica segundo muitas observações, como a corrente citada. Eu não tive a chance de brincar com uma bandeira no vácuo. Adoraria brincar com padrões de vibração e ondulação dela.

Portanto posso assumir que o argumento dele é frágil e não prova nada, pois existe uma outra hipótese bem plausível para a bandeira "tremular" no vácuo.

A NASA respondeu a este questionamento: "Segundo a NASA, devido à pouca gravidade existente na Lua e ao fato dos astronautas terem acabado de tocar na bandeira, ela teria ficado tremulando sozinha ainda por algum tempo.". Trecho tirado do próprio artigo que critico, e a explicação da NASA concorda com o que eu pensei.

Atualização: Parece que a bandeira não tremulava, ou vibrava, como pensei acima. Era algo mais simples ainda. Eu vi uma sequência de fotos na qual ela estava na mesma forma, então ela poderia só estar amarrotada, e como tinha pouca gravidade, ela não desamarrotou com o seu próprio peso, como cortinas aqui na terra fazem.

Penumbras

O argumento de dispersão atmosférica é frágil. Sim, a dispersão atmosférica existe na terra, e é MUITO importante. Ela faz com que existam as "horas mágicas" do amanhecer e do final da tarde, nas quais as sombras praticamente inexistem, e a luz fica bem suave. Nestas horas a luz do sol não toca diretamente no solo, passando por cima, e se espalhando por difusão atmosférica.

Mas só o céu é fonte de luz?

Quando falta energia elétrica de noite, e eu quero ter uma visão geral de um cômodo, eu aponto a lanterna para o teto. A luz bate no teto e espalha. Faço isto a algumas décadas, acho que desde adolescente ou jovem. Se você for a um lugar fechado, sem luz, e apontar a lanterna para uma parede, verá que a luz se espalha, e pode ser que consiga ver coisas na outra parede, atrás da lanterna.

Se alguma coisa reflete luz, esta luz não irá diretamente para os seus olhos. Ela se espalhará, alcançando outros lugares, que refletirão mais uma vez a luz, e assim por diante. Quanto desta luz é refletida depende do tipo, cor etc, do material no qual ela incide. Este é o princípio dos rebatedores de luz usados na fotografia.

Alguém já se sentiu se queimando na sombra em uma praia? Os médicos aconselham o uso de filtro solar mesmo se ficar o tempo todo na sombra, em uma praia. As areias são muito reflexivas.

A Lua é coberta de areia, e uma areia bem reflexiva. Então as sombras tem penumbra, tem alguma luz para iluminar, graças à reflexão da areia da Lua, e não à uma dispersão atmosférica.

Também, dispersão atmosférica não depende de oxigênio. Pode ser feita com poeira no ar, fumaça, outros gases etc. Uma vez vi um "fotógrafo fake" (Aqueles que compram uma DSLR e acham que são fotógrafos.) disparar um flash em um show no meio de uma nuvem de fumaça artificial. Ele acendeu a nuvem gerando uma grande dispersão de luz. (Sorte que aquela fumaça não é inflamável, senão poderia ter sido um desastre.)

Este meu artigo mostra como a Lua é reflexiva.

Esta foto, que o autor usa para dizer que o astronauta deveria não aparecer na realidade prova tudo o que eu disse, e não o que autor afirma. O astronauta está bem definido, pois a exposição e/ou a revelação do filme foi feita para ele sair bem definido. Note que o fundo, que não está na sombra, está superexposto, perdendo detalhes por causa disto. Outra coisa, as partes mais claras são as verticais, dando a impressão que a luz vem dos lados. E tudo que está voltado para cima, como acima do capacete dele, as panturrilhas da pernas, a parte de cima dos braços, as dobras da roupa etc, estão menos expostos, mostrando que não vem luz de cima, de uma dispersão atmosférica. A luz vem dos lados, de toda a volta, e não de cima.

Olhe esta outra foto, e ela prova exatamente o que eu falei. O autor fala das penumbras, mas ela mostra que tem luz vindo dos lados, pois o topo da mochila e do capacete, e o ombro dele, estão pouco iluminados, mostrando que não vem luz de cima, de uma atmosfera. As luzes vem lateralmente.

Atualização em 03/12/2022: A Lua não propriamente uma atmosfera, mas tem uma grande quantidade de poeira eletricamente carregada flutuando, que gera dispersão como uma atmosfera geraria. Este vídeo fala sobre isso. Ou seja, tem muito reflexo como explicado, e ainda tem algo parecido com uma dispersão atmosférica.

Reflexos da lente

Ele cita problemas nesta foto.

Parece que faltou um para-sol na lente, pois está com flare. Um claro sinal que tinha luz batendo na lente. Eu ainda posso dizer que a lente parece ter um diafragma de 6 lâminas com um leve arredondamento nelas. Ainda tiveram reflexos bem marcados na foto. Este tipo de problema é muito comum em lentes de câmeras compactas.

Filtros também podem gerar pontos estranhos. Veja este artigo e este artigo, no qual exploro os reflexos das fontes de luz em filtro. Neste caso o reflexo só aconteceu em uma camada, no filtro, mas imagine se acontecesse em diversas camadas, cada uma com uma forma diferente. Cada lâmpada da cena poderia gerar diversos reflexos diferentes.

Sombras não paralelas

As sombras não aparecem paralelas na foto, mas elas estão. É uma questão de perspectiva e de ponto de fuga. Quem aprendeu desenho sabe do que estou falando. Quando ele desenhou as duas linhas, ele desenhou exatamente as linhas que levam para o ponto de fuga.

Imagem com um claro ponto de fula para um lado, e um outro para o outro.

Observe a sacada. A parte de cima da grade é paralelo com o piso, dela, mas na imagem não parece assim, por causa da perspectiva. Portanto, as sombras não parecerem paralelas é só questão de perspectiva.

Sobre as sombras de tamanho diferente mostradas quando aparecem os dois astronautas, mesmo não tendo a imagem de alta resolução e o filme, eu pude notar que tinha um montinho, que altera o comportamento das sombras. A textura das sombras das pedras no chão mostra isto. Ele precisou ver o filme para perceber isto.

E nesta foto ele mostra sombras divergentes. Mas quando ampliei para ver a original, notei que ele interpretou de forma errada a sombra do módulo lunar, que coincide bem mais com a sombra do astronauta do que ele leva a crer pelas setas. O equipamento do lado parece que está inclinado, na borda da cratera, o que também faz com que a sombra fique inclinada. Outro fato é que não é realmente uma foto, e sim, uma panorâmica feita com uma colagem de fotos. Esta colagem fica MUITO clara se alinhar com a sombra do equipamento ao lado em baixo e for subindo. Perceberá que os padrões das cruzes não batem, inclinações das cruzes que não batem, verá recortes, encaixes etc. Tem até uma descontinuidade na sombra do equipamento. Esta é uma montagem panorâmica, o que faz com que as sombras não sigam o mesmo alinhamento, Então a análise de sombras nesta foto é falaciosa.

Aliás, tem um flare na lente que se repete em uma outra foto. Está bem no canto direito da panorâmica.

Pés do módulo lunar

É muito difícil falar sobre o pé sem saber a geometria dele, especialmente por baixo. Dependendo da geometria, se for cônico por exemplo, ele afastaria um pouco do solo para os lados penetrando, pelo meu entender. Diversas das fotos que ele aponta em seu texto não existem.

Cada lugar na Lua pode ter um solo diferente, e cada pouso pode ter sido diferente, e deixando marcas diferentes com os pés.

Propulsores

Mostrando esta foto ele diz:

"
Preste muita atenção, agora, nos pés do módulo e no chão que está bem embaixo da parte central do Módulo Lunar. Não há sinal algum de que o módulo tenha vindo do espaço, com propulsores potentes que provavelmente teriam feito grandes marcas embaixo do módulo. Do jeito que está na foto, até parece que o módulo foi colocado delicadamente nesse lugar.
"

Esqueceu de um detalhe. Precisa de grandes propulsores onde a gravidade é pequena, especialmente se é só para desacelerar? E quem disse que a alunissagem foi exatamente na vertical. Pode ter sido parcialmente inclinada, com uma componente horizontal, e assim cavando uma leve vala, e não uma cratera. Acho que a alunissagem da apolo 11 teve uma componente horizontal, ela se deslocava na horizontal, se me lembro bem do vídeo.

E tem marcas debaixo do módulo lunar, mas não debaixo do grande propulsor central que aparece, pois ele só era usado na decolagem de volta, creio eu. Poucos sabem que os pés ficaram na Lua, e estão lá até hoje, só voltando uma parte mínima do módulo. Sim, só uma parte do que descia voltava. Isto poupava combustível na subida, e na volta à terra.

E só quem conhece bem a engenharia do módulo lunar que pode ter uma ideia melhor do tamanho das marcas que ficariam. Mas acredito que a decolagem deixou uma boa marca debaixo dos pés do módulo lunar.

Acho que o autor usou a impressão que o grande propulsor dá para afirmar uma ausência de cratera.

Perante o que citei, os argumentos do autor são frágeis.

Contra-luz

Sobre a mesma foto, o autor diz:

"
Abra a foto acima e note também que há uma espécie de cartaz muito nítido colado ao Módulo Lunar com os dizeres "UNITED STATES". Batendo uma foto como esta, contra o sol, nunca seria possível conseguir enxergar tais dizeres! Tente fazer isso aqui na Terra e veja como a fotografia sairia queimada. Portanto, tudo indica que a foto acima trata-se de uma montagem muito mal elaborada com a assinatura mor dos "UNITED STATES".
"

Ele está pensando em fotometria feita por modernas câmeras automáticas para leigos, destas de bolso, que medem a luz e escolhe a exposição por conta própria.

Note que o sol está totalmente superexposto e está tão brilhante que causou uma forma de dispersão nos vidros dentro da lente, formando círculos claros.

Para provar que é possível fazer uma foto contra o sol, e ainda ler o que aparece no contraluz, mesmo que o sol fique indefinido, coloquei abaixo esta foto:

Consegue ler o nome e o número deste barco?

Mas por que o sol aqui está menos definido do que a o da foto feita na Lua? Fácil, aqui tem dispersão atmosférica, o que não tem na Lua.

Mais uma vez fica evidente que o autor não conhece fotografia, especialmente fotometria.

E como extra, note os reflexos do sol dentro da lente, que são os círculos claros. Isto aconteceu também nas fotos da NASA.

Exposição do rosto e roupa

Não sei se a proteção foi realmente levantada, ou se tinha alguma que pudesse ser levantada. E mesmo assim, parece que o vidro já tinha uma proteção. Ou seja, se ele levantou uma proteção, ainda restou uma camada de proteção.

Tenho sérias dúvidas se os níveis de radiação citados são reais, pois se forem muito altos, até dentro do módulo lunar eles estariam recebendo níveis altos de radiação. A roupa foi feita para proteger da luz e das diferenças de temperatura, e não de níveis muito alto de radiação ionizante.

Grandes níveis de radiação também teriam afetado os filmes, tal como aconteceu no acidente de Chernobyl. Ver especialmente esta foto e esta foto.

Se o nível de luz que eu meço quando faço fotos da Lua é parecido com o que os astronautas encontraram lá, um astronauta conseguiria expor o rosto por um tempo, talvez até minutos, à luz sem lesões à pele.

A proteção da falta de pressão atmosférica era a parte fácil. E de temperatura era bem pior. Alguns bons mergulhadores por apneia, i.e., sem tanque de ar, descem a 10 metros, que dá uma atmosfera de pressão. Aliás, a nave e as roupas ficavam com metade da nossa pressão atmosférica, pelo que eu sei, o que daria um mergulho de 5 metros para ter a mesma diferença de pressão.

Chroma Key e Stanley Kubrick

A tela que aparece ao fundo estava com sombras fortes, que complicariam a aplicação de um Chroma Key, especialmente naquela época. Mas isto poderia ser ajustado, esticando o tecido. Mas também tem o fato da tela nem sequer chegar no chão, o que tornaria inútil para fazer imagens de corpo inteiro.

Mas é uma grande "forçação de barra" afirmar que aquele homem, que não dá para ver bem, seria o Stanley Kubrick. Não dá para ter ideia de quem seja, pois está desfocado e encoberto.

A outra foto mostra claramente que não é, e se for uma montagem, como ele afirma que pode ser, foi muito bem feita, pois me parece seguir o mesmo padrão de desfoque.

Filme

Os filmes aceitam uma razoável variação de temperatura, mas não toda a variação da Lua. O truque é evitar que a câmera sofra grandes variações de temperatura. E mesmo as câmeras digitais modernas, se verificar como a NASA as usa na estação espacial, verificará que elas usam uma roupa especial quando saem ao espaço (Ver aqui e aqui.).

Os filmes podem funcionar em temperaturas abaixo de zero, mas perdem sensibilidade, como também podem funcionar acima de 40 graus Celsius, também alterando a sensibilidade. O limite superior é dado, em parte, pela capacidade da película suportar o calor sem derreter, creio eu.

Se garantirem que o filme não irá para os extremos de temperatura, até os filmes comerciais, que se compra em lojas de fotografia, funcionam.

Não é um representante comum, especialmente no Brasil, que vai saber de filmes que foram feitos sobre encomenda para situações tão especiais, a tantos anos atrás. Então a sua consulta foi feita a uma pessoa que certamente está desinformada. Não é o SAC da Kodak do Brasil que vai ter informações sobre filmes fornecidos à NASA.

Nesta parte do artigo tem mais fotos com links quebrados.

Uma coisa que me deixou intrigado é a câmera junto ao corpo do astronauta. Um meio de manter a câmera funcionando, resolver o problema de limite de temperatura, seria integrar a câmera ao sistema de sobrevivência do astronauta, controlando assim a temperatura do corpo da câmera e do filme. Mas parece que não foi o caso.

E parece que é fácil manter a câmera funcionando no espaço, mais fácil do que nos extremos da terra. Nos lugares mais frios, com -30 ou -40 graus Celsius as baterias não funcionam mais. Alguns fotógrafos que trabalham em ambientes assim usam um cabo de alimentação, e a bateria fica por baixo da roupa dele, junto ao corpo, para mantê-las aquecidas. Isto não parece ser necessário quando fotografam fora da ISS. E mesmo nestas condições extremas, quando as baterias não funcionam mais, já soube de um relato de câmeras mecânicas funcionado normalmente, usando filme. Então acho que o filme aceita maiores variações de temperatura do que muita gente imagina.

Falta de estrelas

Esta é fácil, fotometria. Tudo na Lua é tão brilhante que, para uma boa exposição, se usa pouca exposição da câmera, insuficiente para as estrelas aparecerem.

Como pode ver no meu artigo sobre fotografia da Lua, as estrelas não aparecem na foto, e a exposição foi a metade do tempo, para a mesma sensibilidade e abertura, de uma foto numa paisagem iluminado pelo sol.

Acredito que o nível de exposição que usei na foto foi o equivalente, ou só um pouco menor, ao que os astronautas tiveram que usar. Neste site fala que um dos filmes era ASA 80. Este artigo menciona que a luz em órbita é 30% mais intensa do que na Terra.

Ainda, para as estrelas aparecerem menos ainda, devem estar desfocadas, e a luz diluída por uma área grande.

Profundidade de campo

Notei que as fotos da Lua tem uma grande profundidade de campo, o que implica que foram com aberturas relativamente pequenas. E em lentes para grande formato uma abertura grande ficaria bem evidente. Aberturas pequenas implicam em longa exposição, e/ou filme sensível e/ou muita luz. Como a Lua é muito brilhante, acredito que, mesmo com o ISO 80, e com 1/100 s de tempo de exposição, teria sido necessária uma abertura na ordem de F22. Como mencionado antes, a luz do sol fora da Terra 30% mais intensa do que na Terra, então realmente deve ter usado aberturas pequenas.

Precisaria uma ponte de luz complexa, para dar uma luz paralela, dura, sobre uma área tão grande, para termos aquele tipo de sombra. Ele alegou que não seria paralela, com as sombras divergindo. Mesmo assim, ainda seria necessária uma potência absurda (realmente muitos KW) para poder usar um tempo de exposição razoável e uma abertura pequena para se ter esta profundidade de campo.

Queria ter conseguido mais detalhes sobre a exposição nas fotos da Lua, mas não achei estes detalhes quando pesquisei na Internet. Só consegui algo sobre a ISS.

Conclusão

O artigo se baseia em um desconhecimento de fotografia e de comportamento da luz, e em alguns casos parece até intencional. Os argumentos dele não resistem a uma crítica feita por alguém com conhecimento de fotografia e de física.

Ele assumiu que as fotos eram farsas, mas ele mesmo não tentou derrubar a sua teoria, não tentou ver se existiriam outras explicações para o que ele observou. Ou usou de má fé e desconhecimento das outras pessoas sobre física, fotografia e comportamento da luz para afirmar que as fotos eram farsas, para afirmar que o homem não foi à Lua, dizendo que foi conspiração, e tentar ganhar fama.

Concordo que existe um ufanismo e arrogância exagerados nos EUA, mas isto não deve ser levado em conta para analisar os dados.

O autor do site diz no texto que pretende escrever um livro. Para este não entrar na categoria de falsas teorias da conspiração, sugiro aprender fotografia, perspectiva, física, comportamento de luz etc. Mas é tarde demais, pois ele escreveu o livro. Espero que tenha aprendido o que falei e não cometido os erros que cometeu no texto da Internet.

Ele fez muito bem colocar a resposta da NASA, que estão corretas e são plausíveis, mas ele não levou à sério. Se conhecesse melhor fotografia veria que fazem sentido. A colocação da finalização foi interessante, mas ele não seguiu a ideia de duas opiniões no decorrer do texto, afirmando basicamente a dele.

Em suma, mais uma teoria da conspiração baseada em análise errada de dados.

4 comentários:

  1. Achei hoje um documentário que derruba muitos dos argumentos sobre as teorias da conspiração que dizem que o homem não foi à Lua. Ele está abaixo:

    http://www.youtube.com/watch?v=Od4tseH2X8c

    É interessante ver que muitos dos argumentos que eu deduzido foram deduzidos por outros. Mas eles chegaram a fazer uma experiência no deserto.

    A experiência da luva no vácuo quem um defensor da não ida à Lua fez está errada. As naves estavam pressurizadas com meia atmosfera de pressão, o que eu acredito que fosse a mesma da roupa, e não uma atmosfera, como foi feira a experiência com a luva, e ele fez com uma luva de borracha grossa, e não uma luva projetada para o vácuo.

    Eu falo de outras coisas que não são faladas no documentário.

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  2. Saiu esta notícia no UOL sobre o assunto. Muito boa.

    http://mensageirosideral.blogfolha.uol.com.br/2013/08/23/cinco-provas-da-ida-do-homem-a-lua/

    Eu coloquei lá um comentário com o link para este meu artigo.

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  3. Mais sobre o assunto:

    A nVidia fez um simulador para mostrar como a luz funciona na lua.

    http://www.tecmundo.com.br/nvidia/65804-nvidia-libera-demonstracao-prova-que-ida-homem-lua-real.htm

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  4. Mais sobre a ida à Lua:

    http://g1.globo.com/Sites/Especiais/Noticias/0,,MUL1230054-17082,00-ASTRONOMO+DESMENTE+MITOS+DE+QUE+HOMEM+NAO+TERIA+IDO+A+LUA.html

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