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segunda-feira, 6 de maio de 2013

Intensidade de Luz vezes Tempo de Exposição

A formação de uma imagem em um sensor/filme (Vou usar esta expressão sempre que for válido nos dois casos.) só depende da quantidade total de luz que chega no sensor/filme e sua sensibilidade.

Só da sensibilidade, do valor ISO? E onde entra a abertura e o temo de exposição?

A Quantidade de Luz é o produto da Intensidade de Luz pelo Tempo de Exposição. É o somatório da luz que atinge o sensor/filme durante o tempo de Tempo de Exposição.

O Tempo de Exposição é o tempo no qual a luz atinge o sensor/filme. Ele é o tempo no qual o obturador fica aberto. Em casos de obturador eletrônico, não mecânico, é o tempo que o sensor aceita processar a luz que recebe.

A Intensidade da Luz depende de mais fatores, como a abertura da lente (existem lentes de abertura fixa) ou a abertura usada no diafragma da lente, se está usando ou não flash, se está usando filtros para escurecer a imagem etc.

Então ao controlar a abertura e o Tempo de Exposição, na realidade está controlando a quantidade total de luz que chega ao sensor/filme.

Então temos um conjunto de exposição equivalentes, com tempos e aberturas diferentes, mas gerando uma mesma quantidade total de luz atingindo o sensor/filme. Isto é Reciprocidade.

Digamos que estamos com uma lente 50mm F1.4, que faz até F16, e a luz não varia durante o tempo de exposição (sem flash, sem raios, ou qualquer outra fonte de luz que varie), então teríamos o seguinte conjunto de quantidades totais de luz iguais (ou quase iguais): F1.4 e 1/200s, F2.0 e 1/100s, F2.8 e 1/50s, F4.0 e 1/25s, F5.6 e 1/13s, F8 e 1/6s, F11 e 1/3s, e F16 e 1/1.6s.

Mesmo com a luz que ilumina a cena da foto não variando, diferentes aberturas e tempos de exposição que resultem na mesma quantidade total de luz no sensor/filme, podem dar resultados diferentes. A abertura dita a profundidade de campo, o que por si só já pode alterar o resultado, e se algum objeto e/ou a câmera estiverem em movimento, o tempo de exposição dita quanto o objeto e/ou a cena fica borrada ou nítida. É aí que reside uma parte das decisões do fotógrafo.

Tudo falado acima vale para luz contínua. Mas como o flash fotográfico entra na história? Ele gera uma quantidade de luz muito, realmente muito, grande, em um tempo muito curto, cerca de 1 milésimo de segundo ou menos, que pode congelar muitos tipos de movimentos, mas o obturador tem que estar todo aberto no momento do pulso de luz.

Quem viu os vídeos que relacionei em SLRs em ação, por dentro pode ter notado que nem sempre o obturador está todo aberto. Isto é explicado no artigo Obturador de cortina e sincronismo de flash. Em tempos de exposição relativamente longos, o obturador chega a ficar todo aberto, com a segunda cortina, a que fecha a exposição, começando a se mover só depois de um tempo que a primeira cortina termina o seu movimento. Nesta janela de tempo, no qual o sensor/filme fica todo exposto, o flash pode ser disparado.

A Quantidade de Luz, quando se usa flash, é o produto da Intensidade de Luz (desconsiderando o flash) pelo Tempo de Exposição, somado à luz que vem da cena em resposta ao flash, isto é, a luz da cena que advém do uso do flash.

Em Slow Sync, o Tempo de Exposição é prolongado, para que entre bastante luz ambiente, então a luz da cena que não advém do flash é importante na Quantidade de Luz da exposição. Mas quando o Tempo de Exposição é igual à Velocidade e de Sincronismo, que é o tempo mínimo no qual é possível usar o flash, a luz da cena que não advém do flash tem a mínima participação possível na Quantidade de Luz da exposição.

Sei que depois da publicação dos artigos Obturador de cortina e sincronismo de flash e Slow Sync versus luz ambiente este artigo soa redundante, mas acho que ele é só outro ângulo de ver a mesma coisa, que pode consolidar a ideia e o entendimento.

Sugiro também ler Fotometria básica, consequências e o papel do fotógrafo.

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