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sábado, 25 de abril de 2015

Uma foto e uma história - 4

Dois de Novembro de 2009. Nesta época a minha melhor câmera era a minha Ultrazoom, uma Panasonic FZ28 que uso até hoje. Eu estava empolgado com uma técnica que tinha começado a aprender, e que depois me tornei, creio eu, bom e com um estilo próprio. Fiz muitas exposições para fazer HDRs, mas eu só usava os algoritmos de mapeamento de tons existentes no programa que atualmente se chama Luminance-HDR.

Depois, insatisfeito com os algoritmos de mapeamento de tons, aprendi a fazer manualmente, editando curvas, comprimindo os tons altos etc.

Esta imagem, feita com 8 fotos em uma maré alta de madrugada, foi um dos casos que não gostei do mapeamento de tons. Agora, muito mais experiente com edição por curvas, encontrei-a garimpando o meu acervo enquanto preparava uma oficina sobre HDR. Então resolvi trabalhar de novo nela. O resultado está abaixo:


Atualmente faria mais uma ou duas capturas para melhorar mais ainda a imagem.

quinta-feira, 23 de abril de 2015

Uma foto e uma história - 3

A história desta foto foi contada em outras ocasiões, inclusive no Orkut. Esta começa bem louca, até suicida. E o tratamento desta foto, por si só, foi outra aventura, história que contei no artigo de Teoria Básica de HDR. Usei esta foto também em outro artigo, sobre SOOC.



Com o texto abaixo anunciei a primeira versão, a que saiu da câmera, um SOOC.

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Tentativa suicida de fotografar um raio de cima da pedra bem alta. Eu ("Malha de cabos até o terra") estava de guarda-chuva ("Pára-raio"), pois pingava um pouco, sobre uma pedra ("Lugar bem alto"). Tinha uma brisa que movia o guarda-chuva. Eu estava tirando fotos de longa exposição para tentar pegar um raio, no escuro, com uma lanterna na testa para ajudar a subir e descer do lugar. Eu torcia para não tirar a melhor foto já tirada de um raio até hoje, de dentro dele, e assim não concorrer ao Prêmio Darwin. Me dei como satisfeito com a última foto e fugi, pois começava a pingar mais, ventar mais e trovoar mais perto, e também para que não acabasse descendo 10 metros escorregando pela pedra molhada, ou virasse pára-raio. Sei que está saturada, mas estou satisfeito pelas condições em que eu estava.
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Mas aí surgiu a aventura de edição, que conto no artigo de Teoria Básica de HDR, e transcrevo abaixo:

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Um exemplo bom de tratamento de JPEG, limitação de JPEG, e resultado com o tratamento de RAW, pode ser visto nas minhas fotos de um raio. Elas estão abaixo:

O JPEG que saiu da câmera:


O JPEG tratado:


Note que a foto que saiu da câmera estava muito estourada, e quando tentei melhorar encontrei a limitação de tons. Praticamente tudo que estava estourado continuou estourado. E ainda gerei uma espécie de “conjunto de degraus” nos tons da imagem. Isto se deve à falta de tons intermediários.

Pensei em tratar o RAW que saiu da câmera, mas deixei para depois. Quando li o artigo sobre RAW do Ivan de Almeida, que recomendo a leitura, me empolguei.

O RAW foi tratado e convertido para JPEG. Na realidade se escolhe uma curva na qual apareça melhor o que se deseja e a converte para um LDR, que no caso foi JPEG (Poderia ter sido um TIFF de 8 bits por cor.). O resultado foi:


O raio foi muito intenso, e ficou estourado até no RAW, mas o tratamento mostrou muitas coisas que eu nem tinha reparado na hora. Ao meu olho este raio pareceu fino, e não tão largo, mas não vi os detalhes que aparecem nele. O tratamento do RAW extraiu mais detalhes dos tons intermediários, que não existiam no JPEG, e ainda os detalhes além do branco do JPEG.
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A parte mais divertida é mesmo a história de como fiz esta foto.