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quinta-feira, 4 de janeiro de 2018

Aprenda a técnica até poder se esquecer dela (e panning)

Uma amiga que faz dança uma vez me falou que se deve aprender e treinar a técnica até poder se esquecer dela. Isto tem vários significados.

Depois de treinar muito uma técnica ela se torna parte de você. Você a usará sem sequer perceber. Verá a necessidade de fazer a técnica e instintivamente a fará, sem ter que pensar em como fazer. Ou até mesmo em fazer.

Isto acontece com danças, artes marciais, e até em fotografia.

Mas, depois de conhecer bem a técnica, você saberá quando não usá-la, e não a usará conscientemente. Violará a regra, a técnica, sabendo o que está fazendo, e porque está fazendo.


O que é panning?

Panning é uma técnica de fotografia na qual o fotógrafo acompanha com a câmera o objeto em movimento que quer fotografar, e fotografa ele durante o movimento de modo que ele esteja nítido, aparentemente parado, e resto do mundo fica borrado, como se estivesse em movimento.

Isto pode ser feito com corredores, carros de corrida e outros objetos que se movem rapidamente ou não, e até com um andor de uma procissão.

Eu já fiz tanto panning que atualmente faço facilmente, e até inconscientemente, o que foi o caso da foto deste fusca. Eu o vi, e vi que ia passar por mim. Fiz 3 fotos, uma dele se aproximando, esta dele passando por mim, e uma depois de passar por mim.

Só em casa, olhando as fotos que tinha tirado no passeio daquela tarde, que percebi que tinha feito um panning. Foi inconsciente. Acho que percebi a necessidade e fiz como parte de mim, sem pensar em fazer, sem pensar na técnica, nem nada mais. Ela se tornou parte de mim.

quarta-feira, 3 de janeiro de 2018

Uma foto e uma história - 6

Esta é outra foto da qual já falei antes. Foi uma destas situações nas quais não se tem muito o que fazer, não se tem muita escolha, não se tem muito tempo para fazer qualquer coisa, a não ser, ser imaginativo, criativo.

Eu estava perto da Igreja Matriz de Paraty quando chega a procissão. Pego a câmera que tinha na hora, uma Panasonic Lumix FZ28, e apontei para o andor. Quando vi o tempo de exposição (1/5 de segundo) me dei conta que era longo demais para congelar o movimento. Então, o que faço?

ISO 400, 1/5s, F2.8, câmera Panasonic Lumix FZ28.

Panning. Pensei: "Não congela o movimento, então uso o movimento, faço um panning e o andor ficará nítido e o resto ficará borrado pelo movimento.". Claro que o pensamento foi mais rudimentar, menos elaborado, do que isto, mas era esta a ideia.

Este é um caso no qual a criatividade, a imaginação, e o conhecimento de técnicas, superam as dificuldades.

terça-feira, 2 de janeiro de 2018

Cuidado com as lentes e dispersão de luz

Toda lente faz algum nível de dispersão de luz. É inevitável. O nível de dispersão é um dos muitos indicadores de qualidade da lente. Se uma lente é boa, ela faz pouca dispersão.

Mas existem outras formas de causar esta dispersão. Uma é colocar um filtro para isto, ou um filtro sujo. Outra é sujar a lente. Colocar o dedo suado na lente é fatal para isto.

O filtro estrela faz isto, ele faz uma dispersão intencional e meio controlada da luz.

A sujeira e impressão digital na lente podem ser limpos, um filtro pode ser removido, mas tem algo que causa esta dispersão que não se resolve facilmente.

segunda-feira, 1 de janeiro de 2018

4 Minutos ao Luar, Feliz 2018

Depois de fotografar os fogos da virada de 2017 para 2018 em Paraty resolvi aproveitar a Lua Cheia para fazer algumas fotos pelo antigo projeto 4 Minutos ao Luar. Fazia muito tempo que não fazia longa exposição assim (acho que desde Agosto de 2014), e já que era uma noite de Lua Cheia e eu estava com todo o equipamento necessário, resolvi aproveitar um pouco.

Foi a primeira vez que fiz isto com um cabo de disparo e com a minha câmera nova.

Só fiz 3 fotos, pois estava cansado, com fome, e a cidade estava superlotada.

O resultado está abaixo:

Baia de Paraty, com um pouco da praia da Terra Nova, e com carros estacionados. (Eu sei que está um pouco torta.)

Baia de Paraty. (Sei que esta torta.)

Mangue da Terra Nova, diante do Centro Histórico de Paraty.

Eu não conferi direito o horizonte das duas primeiras fotos. Por isto que saíram tortas.

Uma coisa que descobri é que estou desacostumado, e até ansioso demais para fazer fotos de longa exposição, portanto estou precisando fazer mais delas. Acho que se deve a isto o erro nas duas primeiras fotos, a inclinação delas, mesmo tendo recursos na câmera para ajustar o horizonte, coisa que resolvi na terceira foto.

Se eu puder, vou fazer mais algumas esta noite.